sábado, 25 de fevereiro de 2012

(1994) Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão

    "Nos anos 80 a música brasileira passava por um momento crítico, em que a geração parecia não acompanhar qualitativamente os artistas que surgiram nas décadas de 60 e 70. Nesse momento, estabelecia-se um processo massificação de uma musica pop que pouco tem a oferecer em termos de renovação. Além do pop/rock, no cenário midiático domiavam lambadas, sertanejos, pagodes, axé e um grande lixo musical que liquida com todo um passado recente de glórias conquistadas pela musica popular dentro e fora de nossas fronteiras.
     Mas eis que no meio de tudo isso, a força da renovação que tanto procurávamos se fez presente, e a melodia doce, suave, forte de seu canto vem nos dizer que a musica brasileira sobrevive, ainda esta la altiva conquistando o merecido aplauso. Essa voz que nos encantou dando um sopro de esperança a musica popular contribuindo para uma reflexão e revisão de alguns conceitos errôneos vinha de uma bela e jovem interprete, Marisa Monte. Seu disco de estréia em 1989 arrasou, seu talento venceu as barreiras da mediocridade que se generalizava, em seu canto não havia apelação, apenas talento. Diante da grande crise de renovação que se operava, ela veio como um furacão a mostrar os caminhos seguros que a musica popular brasileira deveria seguir.
   Entre seus discos, todos excelentes, destaca-se Verde anil amarelo cor de rosa e carvão, lançado em 1994, em que seu talento de compositora se sobressai em canções como, Na estrada , com Nando Reis e Carlinhos Brown, De mais ninguém e Bem leve , com Arnaldo Antunes, O céu e Enquanto isso com Nando Reis. Conquistou também o premio de melhor clip do ano com Segue o seco , de Carlinhos Brown. Demonstrando que sabe aliar com maestria o tradicional e o novo, Marisa Monte interpreta de modo definitivo os sambas Dança da solidão , de Paulinho da Viola e Esta melodia , de Bubu da Portela e Jamelão.
   Numa época de incertezas e descaminhos a voz e o talento de Marisa Monte recolocou a musica popular brasileira novamente nos trilhos reafirmando nossa vocação para a superação."


Fonte: Luiz Américo



Artista: Marisa Monte 
Formação: Piano: Roberto Alves; Bateria: Edu Szajnbrum 
Album: Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão
Ano de Lançamento: 1994 
Gênero musical: MPB, Samba    


Maria de Verdade (Carlinhos Brown)
Na Estrada (Brown/Marisa Monte/Nando Reis)
Ao Meu Redor (Reis)
Segue o Seco (Brown)
Pale Blue Eyes (Lou Reed)
Dança da Solidão (Paulinho da Viola) (participação especial: Gilberto Gil)
De Mais Ninguém (Arnaldo Antunes/Monte) (participação especial: Época de Ouro)
Alta Noite (Antunes)
O Céu (Monte/Reis)
Bem Leve (Antunes/Monte)
Balança Pema (Jorge Ben Jor)
Enquanto Isso (Marisa Monte/Nando Reis) (participação especial: Laurie Anderson)
Esta Melodia (Bubu da Portela/Jamelão) (participação especial: Velha Guarda da Portela)

    sábado, 7 de janeiro de 2012

    Clube da Esquina - Milton Nascimento, Lô Borges (1972)

    O álbum Clube da Esquina lançado em 1972 é sem dúvida é um marco da música popular brasileira, inaugurando e consolidando assim, ao mesmo tempo um movimento musical que trouxe a nossa canção, uma renovação estética e melódica, onde impressiona não só pela sua melodiosidade, mas também pela inovação sonora, onde se fundiam ritmos e tradições mineiras brasileiríssimas , numa mistura de rock progressivo com música popular, resultando assim, num trabalho belissímo e tecnicamente perfeito. É um álbum memorável também, pela reunião dos principais expoêntes da música mineira como Milton Nascimento, Lô Borges, Tavinho Moura, Wagner Tiso, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Márcio Borges, Fernando Brant, os integrantes do 14 Bis, entre outros.


     Download  

    Artista: Milton Nascimento, Lô Borges
    Formação: Lô Borges: violão; Tavito: Guitarra de 12 cordas e violão; Toninho Horta: Guitarra e baixo; Nelson Ângelo: Guitarra, surdo e piano; Wagner Tiso: Órgão e piano elétrico; Beto Guedes; Baixo e guitarra; Robertinho; Bateria; Luiz; Caxixi; Rubinho; Tumbadora
    Album: Clube Da Esquina
    Ano de Lançamento: 1972
    Gênero musical: MPB, Rock Progressivo, Rock Psicodélico


    1. Tudo que você podia ser (Márcio Borges - Lô Borges) Interpretação: Milton Nascimento
    2. Cais (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos) Interpretação: Milton Nascimento
    3. O trem azul (Lô Borges - Ronaldo Bastos) Interpretação: Lô Borges
    4. Saídas e Bandeiras nº 1 (Milton Nascimento - Fernando Brant) Interpretação: Beto Guedes / Milton Nascimento
    5. Nuvem cigana (Lô Borges - Ronaldo Bastos) Interpretação: Milton Nascimento
    6. Cravo e canela (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos) Interpretação: Lô Borges / Milton Nascimento
    7. Dos cruces (Carmelo Larrea) Interpretação: Milton Nascimento
    8. Um girassol da cor de seu cabelo (Márcio Borges - Lô Borges) Interpretação: Lô Borges
    9. San Vicente (Milton Nascimento - Fernando Brant) Interpretação: Milton Nascimento
    10. Estrelas (Márcio Borges - Lô Borges) Interpretação: Lô Borges
    11. Clube da Esquina nº 2 (Lô Borges - Milton Nascimento) Interpretação: Milton Nascimento
    12. Paisagem na janela (Lô Borges - Fernando Brant) Interpretação: Lô Borges
    13. Me deixa em paz (Ayrton Amorim - Monsueto) Interpretação: Alaíde Costa / Milton Nascimento
    14. Os povos (Márcio Borges - Milton Nascimento) Interpretação: Milton Nascimento'
    15. Saídas e Bandeiras nº 2 (Milton Nascimento - Fernando Brant) Interpretação: Beto Guedes / Milton Nascimento
    16. Um gôsto de Sol (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos) Interpretação: Milton Nascimento
    17. Pelo amor de Deus (Milton Nascimento - Fernando Brant) Interpretação: Milton Nascimento
    18. Lilia (Milton Nascimento - Fernando Brant) Interpretação: Milton Nascimento
    19. Trem de doido (Márcio Borges - Lô Borges) Interpretação: Lô Borges
    20. Nada será como antes (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos) Interpretação: Beto Guedes / Milton Nascimento
    21. Ao que vai nascer (Milton Nascimento - Fernando Brant) Interpretação: Milton Nascimento


      sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

      Luz - Djavan (1982)

      "Em 1982, a música "Flor-de-lis", hit instantâneo do disco inaugural, torna-se o primeiro sucesso de Djavan no disputado mercado americano, na voz da diva Carmen McRae, com o título de "Upside Down". Chega o convite da gravadora CBS, futura Sony Music, e Djavan embarca para Los Angeles para gravar, sob a produção de Ronnie Foster, um dos principais nomes da soul música americana, "Luz" (1982), que tem a participação de Stevie Wonder na canção Samurai, além de outros imensos sucessos como Sina, Pétala, Açaí, Capim e Luz. O trabalho resulta em uma mescla da musicalidade brasileira típica de se exportar com a influência jazzy americana.
      Djavan impressiona pela força da seqüência de seus trabalhos. Luz é seu quinto disco e aqui ele mostra ter fôlego para continuar no caminho de sólidos registros musicais. Álbum gravado e produzido nos Estados Unidos a convite da gravadora CBS (futura Sony Music) e com impacto naquele mercado. Naipes como o músico e produtor Quincy Jones elogiaram o trabalho.
      A música de abertura, Samurai, conta com participação especial de Stevie Wonder. Aparições especialíssimas não param por aí. Ninguém menos que Moacir Santos assina arranjo de "Capim" e Raul de Souza também está presente em "Luz" e "Capim".
      Dentre diversos hits, destaque para Samurai, Sina, Açaí e Pétala. Frases como "viver é todo sacrifício feito em seu nome"; "quanto mais desejo um beijo seu, mais gosto vejo em viver"; "quanto querer cabe em meu coração" e "vai sem me dizer na casa da paixão" sugerem um Djavan apaixonado que consegue exprimir a densidade de todo esse amor com acordes leves e suingados. Audição imperdível.




      Artista: Djavan 
      Formação: DiscosBrasil
      Album: Luz
      Ano de Lançamento: 1982 
      Gênero musical:  MPB  

      01 - Samurai
      02 - Luz
      03 - Nobreza
      04 - Capim
      05 - Sina
      06 - Pétala
      07 - Banho de Rio
      08 - Açaí
      09 - Esfinge
      10 - Minha Irmã
      Todas as músicas foram compostas pelo próprio Djavan.

        quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

        Caminhos do Coração - Gonzaguinha (1982)

        Gonzaguinha, quais são os caminhos do coração?
        "...Pessoas. Porque todas as pessoas ensinam pra gente. Porque cada pessoa é a marca de muitos ensinamentos de muitas pessoas. Porque cada pessoa é muitas pessoas. São muitos corações que de repente estão ali dentro, compondo. Porque os caminhos do coração são os caminhos da vida, são caminhos de dependência, são caminhos onde a gente sabe que é importante chegar num lugar e poder voltar. Ter um prato de comida lá num cantinho qualquer do Brasil, ter um lugar pra dormir lá num cantinho qualquer do Brasil, ter um abraço amigo e ter um calor, esses são os caminhos do coração". 


        Artista: Gonzaguinha 
        Album: Caminhos Do Coração
        Ano de Lançamento: 1982
        Formação: Guitarras: Frederico Oliveira e Ari Pissarolo; Percussão: Jota Moraes; Baixo: Paulo Maranhão, Bateria: Pascoal Meirelles. Teclado: Vagner Tiso.
        Gênero musical: MPB, Samba  


        1 - O Que É O Que É
        2 - O Filho da Própria
        3 - O Começo
        4 - Simples Como a Água
        5 - Maravida
        6 - O Boy (Amar É...)
        7 - Ser, Fazer e Acontecer
        8 - Felicidade
        9 - Simplesmente Feliz
        10 - Caminhos do Coração



          domingo, 1 de janeiro de 2012

          Coisa Mais Maior de Grande/Pessoa - Gonzaguinha (1981)


          "A riqueza do trabalho do compositor é tal que ele se desobriga a seguir as regras tradicionais dos discos de música popular – três, quatro, cinco minutos para cada canção, em geral repetindo uma ou até duas vezes todos os versos. Em Coisa Mais Maior de Grande, cada canção dura o tempo exato de que se necessita para apresentar ao ouvinte os versos e a melodia, sem repetições desnecessárias. Mais ainda: ele vai fundindo uma música à outra, sem a pausa tradicional entre as faixas. A rigor, não há faixas, no disco: ele é contínuo, com novos temas se superpondo aos anteriores, sendo superpostos em seguida por ainda outros.
          O resultado é belíssimo e emocionante. Gonzaguinha às vezes sai de cena, para dar lugar a outras vozes, como os dos velhos Golden Boys, de Alcione, de Roberto Ribeiro – e, em um momento de grande emoção, às vozes de Luiz Gonzaga e Milton Nascimento, interpretando, sem necessidade de qualquer instrumento, a belíssima “Légua Tirana”.
          Ele expressa e transmite, e muito bem, ao longo de todo o disco, os mais diversos sentimentos e posições. Estão lá o deboche, a alegria, a amargura, o amor, a saudade, a dor, a lucidez, a ironia, a consciência, a força, o otimismo. E, claro, está lá o Luiz Gonzaga Junior político de sempre, falando do fim do dinheiro, da água no leite, da violência das cidades, da “revolução” de 1964,  com humor, ironia, deboche, graça. E esperança: “Que traga a alegria o toque feliz deste sino e faça dançar nas ruas meu povo menino”.




          Artista: Gonzaguinha 
          Álbum: Coisa Mais Maior de Grande
          Ano de Lançamento: 1981
          Gênero musical:  MPB
          Formação: Guitarras: Frederico Oliveira e Ari Pissarolo; Percussão: Jota Moraes; Baixo: Paulo Maranhão, Bateria: Pascoal Meirelles. Teclado: Vagner Tiso.


          1 - Geraldinos e arquibaldos II/Simples saudade/Sangrando/Coisa mais maior de grande/Quando se chega/Légua tirana/Quando se volta/Eu apenas queria que você soubesse. 
          2 - Santa Maravilha 
          3 - O saco cheio de Noel 
          4 - Mergulho 
          5 - Eu entrego a Deus 
          6 - Pacato cidadão 
          7 - A fábrica de sonhos 
          8 - Fala Brasil/Trabalho e festa/Colheita/Redescobrir/ Agalope
          Esperança
          Todas as composições são do Gonzaguinha, com excessão de Légua Tirana, de Luis Gonzaga e Humberto Texeira 

            segunda-feira, 31 de outubro de 2011

            Da lama ao caos - Chico Science & Nação Zumbi (1994)

            Da Lama ao Caos é o primeiro álbum de estúdio da banda brasileira de manguebeat Chico Science & Nação Zumbi, lançado em 1994. Considerado um verdadeiro clássico da música, apresentou um som revolucionário, com canções energéticas, e muito bem elaboradas, mesclando o funk rock pesado com maracatu, psicodelia e a música afro. Além disso, foi o disco que inaugurou a cena Manguebeat e foi também um dos responsáveis pela "abertura de portas" para o rock dos anos 90 influenciando tudo que surgiria depois. Esse álbum está na lista dos 100 melhores discos da música brasileira na 13º posição.
            Em 1993, o movimento manguebeat ganhou força e repercussão em todo o Brasil. Depois de alguns shows em Recife e apenas uma apresentação em São Paulo e em Belo Horizonte, o grupo assina contrato com a Sony Music, em julho do mesmo ano. A banda entra em estúdio pouco tempo depois  sob comando do ex-mutante Liminha. O produtor ficou perdido, sem saber o que fazer com um grupo que usava riffs de guitarra pesados, baixo no estilo funk e percussão do maracatu, sem bateria, sem pratos. Em Janeiro de 1994, o álbum já estava pronto, e foi lançado em Abril. Com esse novo estilo de fazer música, ninguém assimilou o CSNZ de cara, nem o público, muito menos os críticos.



            Artista: Chico Science & Nação Zumbi
            Album: Da lama ao caos
            Ano de Lançamento:  1994
            Genero musical: Manguebeat, Punk rock, Funk metal.

            1. "Monólogo ao Pé do Ouvido"   Chico Science
            2. "Banditismo por Uma Questão de Classe" Chico Science
            3. "Rios, Pontes & Overdrives"  Chico, Fred Zero Quatro
            4. "A Cidade (Boa Noite do Velho Faceta)"  Chico Science
            5. "A Praieira"  Chico Science
            6. "Samba Makossa" Chico Science
            7. "Da Lama ao Caos"  Chico Science
            8. "Maracatu de Tiro Certeiro"  Jorge du Peixe, Chico Science
            9. "Salustiano Song"  Lúcio Maia, Chico Science
            10. "Antene-se"  Chico Science
            11. "Risoflora"  Chico Science
            12. "Lixo do Mangue" Lúcio Maia
            13. "Computadores Fazem Arte"  Fred Zero Quatro
            14. "Côco Dub (Afrociberdelia)"  Chico Science

              Afrociberdelia - Chico Science e Nação Zumbi (1996)

              O título do segundo disco da CSNZ, lançado em 96 pelo selo Chaos, da Sony Music, funde três influências marcantes no som e nas idéias da banda: a presença da África, diretamente, através da música de Fela Kuti e Manu Dibango e dos toques de candomblé, ou indiretamente, via a predominância do ritmo sobre a melodia; o interesse pela cibernética, como ferramenta de composição e de comunicação; e o flerte com o psicodelismo, através do contato com o rock inglês dos anos sessenta, o dub jamaicano e o funk intergaláctico americano da primeira metade da década de setenta.
              A fusão desses três elementos define Afrociberdelia, um cd onde Chico e seus malungos mostram-se melhor adaptados às artimanhas dos estúdios, inclusive com uma performance vocal de Science bem superior à de sua estréia. Fonte: Renato Lins.
              Artista: Chico Science & Nação Zumbi
              Album: Afrociberdelia 
              Ano de Lançamento: 1996
              Genero musical: manguebeat, funk, rock, punk
              Faixas: 
              1. "Mateus Enter" 0:33
              2. "O Cidadão do Mundo" 3:21
              3. "Etnia" 2:33
              4. "Quilombo Groove" (instrumental) 2:32
              5. "Macô" 4:10
              6. "Um Passeio no Mundo Livre" 4:00
              7. "Samba do Lado" 3:47
              8. "Maracatu Atômico" 4:45
              9. "O Encontro de Isaac Asimov e Santos Dumont no Céu" 1:39
              10. "Corpo de Lama" 3:53
              11. "Sobremesa" 4:00
              12. "Manguetown" 3:15
              13. "Um Satélite na Cabeça" 2:07
              14. "Baião Ambiental" (instrumental) 2:33
              15. "Sangue de Bairro" 2:12
              16. "Enquanto o Mundo Explode" 1:29
              17. "Interlude Zumbi" 1:12
              18. "Criança de Domingo" 3:28
              19. "Amor de Muito" 2:55
              20. "Samidarish" (instrumental) 4:32
              21. "Maracatu Atômico" (Atomic Version) 4:33
              22. "Maracatu Atômico" (Ragga Mix) 3:30
              23. "Maracatu Atômico" (Trip Hop) 3:42

              Duração Total: 70:41
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